Pano de fundo para diversas atividades, inclusive políticas e midiáticas, a proteção dos espaços públicos, semipúblicos e virtuais que, ao contrário do que muitos imaginam, não é território sem lei. Ao contrário, as pessoas que neles transitam têm direito à proteção e devem, em todo o tempo, receber o apoio das empresas midiáticas e da gestão pública governamental da União, Estado e Município. No entanto, por que tais atores desfavorecem as organizações responsáveis pela proteção das pessoas, comunidades, sociedade e bens patrimoniais?
Noticiam-se, variadas notícias depreciativas às ações de proteção devida pelas instituições e seus respectivos responsáveis. Há dois focos distintos, no propósito de visualizá-los, de modo do que o primeiro tem cunho político e é direcionado ao prejuízo do governo – seu mantenedor. O outro, muitas vezes e rentável, é direcionado à Instituição, devido `a sua razão de ser e(ou) pela conduta desviante de alguns de seus membros.
Pelo que se lê, ouve e vê nas mídias circulantes, publicam-se notícias diárias, ao arrepio da responsabilidade desejável. Elaboram-nas de tal maneira que, numa ação institucional malsucedida, aquela e os seus agentes são apenados, de forma indiscriminada. Desse modo, a despeito de conhecer nenhum deles agiu ilegitimamente, não há a desejável correção, pois, notícia de ontem, não se corrige!
Urge compreendermos a dimensão das demandas de proteção pública nos espaços públicos, semipúblicos e virtuais que não podem ser geridas por inabilitados às causas, realidades e soluções reparadoras de suas ocorrências. O espaço público, sujeito às ações nefastas da criminalidade, guardadas as devidas proporções, pode ser comparado à ambiência de um nosocômio emergencial. Nessas localidades, pessoas comprometidas com a proteção da vida de seus semelhantes, a despeito da carência de toda ordem, com parcos recursos, fazem diferenças, superando dificuldades.
Precisamos nos livrar do ultrapassado modelo gestor do Século XIX e nos aportarmos à Terceira Década do Século XXI. A gestão pública de proteção não pode ser conduzida por mentes carcomidas, politiqueiras e eleitoreiras. Nas cidades brasileiras, há profissionais visionários, sábios, competentes e capazes do atendimento das demandas criminosas, restando, tão-somente, repassar-lhes – com o recolhimento dos impostos pagos pelos cidadãos – as condições necessárias e deixá-los gerir seus respectivos espaços públicos e semipúblicos e virtuais!
Publicado no LinkedIN.